10.Jul.12
O Escriba Acocorado
Moscardo
Sentado na pedra de ti próprio, não tens rosto, senão o que, de anónimo, a ela afeiçoou a mão que assim te quis. Do resto, do que de individualidade, porventura, em ti existiria, se encarregou a persistente erosão dos dias. De vago, neutro olhar sem órbitas, permaneces hirto, fitando sempre mais além da morna penumbra que te envolve no halo intemporal que é, do tempo, o nexo único. Nesse olhar de não ver tudo se inscreve, repensa e adivinha: teus limites e, ainda, o (...)