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Delírio do Moscardo

"devagar, o tempo transforma tudo em tempo. o ódio transforma-se em tempo, o amor transforma-se em tempo, a dor transforma-se em tempo." José Luís Peixoto

Delírio do Moscardo

"devagar, o tempo transforma tudo em tempo. o ódio transforma-se em tempo, o amor transforma-se em tempo, a dor transforma-se em tempo." José Luís Peixoto

03.Mar.14

Da Filosofia Política

Moscardo
  Não dizemos que um homem que não revela interesse pela política é um homem que não interfere na vida dos outros; dizemos que não interfere na vida.   (Oração fúnebre de Péricles, in Tucídides, História da Guerra do Peloponeso)
18.Fev.14

As Paredes Absurdas

Moscardo
      Tal como as grandes obras, os sentimentos profundos significam sempre mais do que aquilo que têm a consciência de dizer. A constância de um movimento ou de uma repulsa numa alma encontra-se nos hábitos de fazer ou de pensar, prossegue nas consequências que a própria alma ignora. Os grandes sentimentos passeiam consigo o seu universo, esplêndido ou miserável. Iluminam com a sua paixão um mundo exclusivo, onde reencontram o seu clima. Há um universo do ciúme, da (...)
31.Ago.13

Do Tempo Eterno no Espaço

Moscardo
  No quartinho isolado, onde nunca chegou o vento árido, nem o pó nem o calor, recordavam ambos a versão atávica de um ancião com chapéu de asas de corvo, que falava do mundo de costas para a janela, muitos anos antes de eles terem nascido. Os dois descobriram ao mesmo tempo que ali era sempre Março e sempre segunda-feira e então perceberam que José Acadio Buendía não estava tão louco como a família dizia, mas sim que era o único que dispusera de suficiente lucidez para (...)
30.Mai.13

A Puya

Moscardo
       Na cidade de La Paz, na Bolívia, um tráfego louco – carros de um lado para o outro, buzinadelas, insultos, homens que estão prontos para acertar com violência o seu punho no centro da cara do outro, etc., etc. Enfim, no meio da maior confusão de cheiros e sons e vozes e argumentos e corpos, eis que dois homens tranquilos, muy tranquilitos, dois vizinhos, dois velhos vizinhos, sentados no passeio à frente das suas casas, em duas cadeiritas de madeira, conversam há (...)
26.Out.12

Intemporal

Moscardo
   Não pude deixar de pensar onde caminho e o que trago comigo... Caminho na estrada do campo da bola, não como uma lembrança de outros tempos, como outra idade. Avanço devagar no presente, no presente absoluto, com a idade daquele instante, exatamente como se estivesse lá. Em tantos aspetos, eu ainda estou lá. José Luís Peixoto