05.Jun.17
Tormenta
I
Noite atroz de silêncio
Que me dilacera em penitência,
Que me afoga em solidão,
Até os corvos faz chorar
Num manto de escuridão
II
Frágil bote à deriva,
Perdido num rio revoltoso,
Cede ao vento, desgovernado
Como se fosse insólita, a tormenta
E mortal, o golpe dado.